A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Umbandista e Espírita Estuda a Bíblia? E Qual Bíblia Usar?





       

Já tive a oportunidade de ver, ouvir ou saber o quanto é cômico ver um Umbandista ou um Espírita sem conhecimentos básicos da Bíblia, travar um diálogo com Evangélicos, sobre assuntos Doutrinários. Isto é fato, devido ao pouco interesse dos Umbandistas e Espíritas em relação ao repositório de textos históricos indispensável para todos. A Bíblia.

Esse desinteresse é pelo fato de o livro ser polêmico em sua formação, principalmente o chamado novo testamento, onde foi vilipendiado por séculos pelo simples interesse de favorecer os próprios interesses. A Bíblia foi formada como a conhecemos hoje, por São Jerônimo que traduziu os textos em Hebraico e Grego antigo para o Latim, sendo editada em 400 D.C., após alguns anos de Teodósio I ter feito do Cristianismo a religião oficial do Império Romano no ano 391 D.C. Hoje a Bíblia dos Católicos têm 73 livros e dos Evangélicos 66.

Temos que informar, hoje, no Brasil há aproximadamente 17 traduções diferentes da Bíblia e a diferenças entre elas são mínimas, porém, de alto valor interpretativo. E ai fica a pergunta; que Bíblia o Umbandista ou Espírita deve adotar para seus estudos? Digo que só há uma, A Bíblia de Jerusalém.

A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudos feitos pela Escola Bíblica de Jerusalém, em francês: École Biblique de Jérusalem. De acordo com os informativos da Paulus Editora, a edição revista e ampliada inclui as mais recentes atribuições das ciências bíblicas. A tradução segue rigorosamente os originais, com a vantagem das introduções e notas científicas.

Os exegetas apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além da tradução dos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualização histórica, dentro do ambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em que cada livro foi escrito. Trata-se de uma obra que representara a união do monumento e do documento, de acordo com Joseph Lagrange, criador da Escola Bíblica de Jerusalém, unindo assim a arqueologia, a crítica histórica e a exegese dos textos.

A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos linguistas, como um das melhores Bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos, religiosos e fiéis, mas também para tradutores, pesquisadores, jornalistas e cientistas sociais, independente de serem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião ou crença.

No Brasil, diferente dos E.U.A. e Europa onde, o Protestantismo é levado a sério, por pessoas responsáveis, (sendo obrigatório o curso de teologia) tendo uma população com nível cultural alto. Não pode ser considerada uma mescla, daquele movimento importado dos E.U.A. assim que foi proclamado à República em 1889, com a criação do Estado Laico pela constituição de 1891, desta forma foram importado do México e E.U.A. as novas denominações protestante e se instalando, principalmente no sul e sudeste, para desespero da Igreja Católica.

Aqui no Brasil infelizmente é a casa da mãe Joana, aonde duas pessoas analfabetas funcionais e sem nenhum curso superior, com R$100,00 vão a qualquer cartório e abrem uma igreja com um nome esquisito, de imediato ficam isento do IPTU. Basta comprar algumas cadeiras de plástico e colocar na garagem e pegar a Bíblia e pregar... Aleluia Jesus!

Desta forma podemos dizer que, em sua maioria, os Evangélicos no Brasil são fundamentalistas, não por escolha ou dissidência e sim por falta de estudos sérios. E sendo assim, eles pregam pela literalidade da Bíblia, diferente do resto do mundo, que levam em conta o tempo e espaço dos acontecidos e toda sua história das traduções e cópias das cópias das cópias existentes...

Voltando as traduções existentes em Português – Brasil, todas têm algumas diferenças que não fogem muito da vulgata e foi essa que Martin Lutero, João Calvino e outros fizeram suas traduções para suas línguas mãe. Desta forma, fica claro que se o Umbandista ou o Espírita estudioso quer compreender um pouco da Bíblia, deve usar exclusivamente A Bíblia de Jerusalém!

Nela estão corrigidos erros de traduções que foram cometidos em séculos. Com aval de Católicos, Protestantes e Teólogos cientistas contemporâneos. Fica fácil dialogar com os Evangélicos em bases lógicas, dentro das circunstâncias dos diálogos e para isso é bom ter alguns livros adicionais para a empreitada, dentre eles estão os livros de Severino Celestino e José de Reis Chaves grandes conhecedores da Bíblia.

Para dar alguns exemplos:

Bíblia comum – Deus está entre vós.
Bíblia Jerusalém – Deus está dentro de vós.

Bíblia Comum – os erros dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração.
Bíblia de Jerusalém – os erros dos pais nos filhos na terceira e quarta geração.

Bíblia Comum – todas as escrituras são inspiradas por Deus e devem ser aceitas.
Bíblia de Jerusalém – todas as escrituras inspiradas por Deus devem ser aceitas.

Meus Irmãos como podem ver, foi isto o que criou as igrejas em quantidades tais, que podemos dizer que todas elas estão em decadências, como dizia Herculano Pires no livro “Agonia das Religiões” e o nosso Allan Kardec, que no futuro só teríamos a Religião Natural. Fica um alerta, para o diálogo de Jesus com a Mulher Samaritana, “dia chegará, que adoraremos Deus em Espírito e verdade” não havendo necessidade de Ir a Jerusalém ou Samaria. (isto é, não precisamos de igrejas seja ela qual for).

Umbandistas, vamos Estudar, vamos Pesquisar, vamos nos Espirtitualizar!

Denis Sant'Ana   


Um comentário:

  1. Olá! gostaria de dar a minha humilde opinião.
    Quero apontar que, antes de tudo,a falta de conhecimento sobre a Bíblia vem também, da criação religiosa que cada um teve. E se a pessoa vem de família judia, budista ou candomblecista?
    E se atualmente pratica uma umbanda que têm mais elementos das tradições africanas do que o cristianismo, porque deveria entender a Bíblia? Seria essa umbanda pior que as outras?
    Creio que existem várias vertentes da nossa querida umbanda e nós ñ deveríamos nos preocupar em explicar a nossa religião para quem não se interesse por ela, (evangélicos) mesmo porque, no âmbito das religiões, cada qual se julga dono de sua verdade.
    Axé!

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A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS

A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís ( Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da T.U.Caboclo Pery)