A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

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sábado, 18 de maio de 2013

O Que é um Cruzeiro das Almas em um Centro de Umbanda?





Isso da azar? Chama a morte?

PAI OBALUAYÊ, Orixá da transmutação cujo nome significa (REI SENHOR DAS TERRAS) e com base nos muitos mistérios deste grande e amoroso Orixá abordaremos um tema pouco compreendido dentro da Umbanda o CRUZEIRO DAS ALMAS.

Geralmente encontrado dentro dos cemitérios que na Umbanda conhecemos como CAMPO SANTO ou ainda CALUNGA PEQUENA (Espaço Sagrado), o CRUZEIRO DAS ALMAS ficou conhecido como ponto de referência para que velas sejam acesas em lembrança e homenagem das pessoas que ali foram enterradas em um ritual para que suas almas sejam levadas a DEUS. Deixamos claro aqui que não levantamos em hipótese alguma criticas para os irmãos de outras denominações religiosas que lá se dirigem no Cruzeiro (termo mais conhecido e usado) tomando o fato citado acima somente como exemplo.

Infelizmente também presenciamos em determinados cruzeiros trabalhos de ordem negativa que fogem do conhecimento de quem o fez do sentido religioso que este ponto de forças tem dentro da Umbanda e ainda vale lembrar que em outras situações encontramos sujeira que também é um fator de desrespeito para com Obaluayê e para com os que lá se dirigem.

Um CRUZEIRO DAS ALMAS é uma passagem, ou ainda, um portal onde o espírito passa de um plano vibratório para outro e o Orixá que rege este campo de ação é Obaluayê, mas o cruzeiro serve somente para isso? Podemos interpretar "plano vibratório" como campo de energias, isso pode se aplicar a diversas situações que estejamos passando em nossas vidas como por exemplo: Uma doença física, emocional, uma obsessão complexa ou mesmo simples, magoas, ódios, rancores e todo sentimento de ordem negativa e quando falamos em TRANSMUTAÇÃO nos referimos também a modificação de vibração que nos problemas citados acima seria o oposto ou seja o lado positivo.

Se nos referimos a "planos" podemos ainda simplificar por "passagens" para que de forma simples nos tornemos mais compreendidos que da o título muito conhecido de Pai Obaluayê como também "SENHOR DAS PASSAGENS".

Direcionamo-nos agora para uma casa, centro, tenda de Umbanda onde encontramos nos terreiro sempre um "cantinho" das almas" ou o CRUZEIRO DAS ALMAS. Muitas vezes um determinado guia nos da uma vela branca e nos pede para firmá-la no mesmo, logo interpretamos que estamos com eguns, quiumbas ou algum sofredor, mas nos esquecemos que tal qual no campo santo, ali também é um ponto natural e sagrado de Obaluayê e muitas vezes a "vela" não para os outros, mas sim para nós mesmos, para podermos com a ajuda do Pai Transmutarmos algo de ruim ainda que não estamos conseguindo sozinhos resolver dentro de nós. Lembramos ainda que o Cruzeiro de um centro tem a função de proteger também a casa de ataques de seres infelizes vampiros espirituais, etc. Como no campo santo é feito.

Como podem ver nada tem a ver um cruzeiro das almas com azar ou chamamentos da morte, isso é fruto de crendices populares e gente infelizmente ainda mal informada dentro e fora da Umbanda. Além de um campo de proteção para a casa, ali ficam direcionadas as forças do Orixá Obaluayê, para que de forma sagrada e ritualística elas possam ser evocadas.

Atoto Meu Pai Obaluayê!

Por Pai Géro

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A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS

A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís ( Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da T.U.Caboclo Pery)