A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

Seguidores do Blog Espiritualidade e Umbanda

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Meu Orixá é melhor que o Seu!



“MEU ORIXÁ É MELHOR QUE O SEU”. Quantas vezes nós já ouvimos esta afirmação de nossos irmãos Umbandista ou até mesmo daqueles que têm afinidade com a Umbanda? Mas, o que mais me assusta, como sempre, são os comentários feitos muitas vezes por nossos irmãos praticantes de nossa Religião. O meu susto não pára apenas na frase, ou seja, no conteúdo destas palavras, mas no tom de voz que é utilizado e a postura muitas vezes “arrogante” de alguns irmãos. Na minha visão, estamos primeiramente desrespeitando os Orixás e na seqüência estamos nos achando superiores ao nosso próximo, coisa esta que é tipicamente nossa.

Vamos lembrar que todos os Orixás estão vivos em nossa coroa e em nossas vidas, mas observe que estamos falando de Orixá, O Dono da Cabeça, seres supremos, logo não existem divergências e tão pouco estrelismos ou melindres, como nós temos.

O assunto é tão sério que já ouvi pessoas sendo filhos (as) de Omulú dizerem que sentem “vergonha” de sua coroa, porque seu Pai é um Orixá “ancião” ou porque, para alguns, ele carrega o símbolo da morte. Com isso, aparecem os piores comentários: “Nossa! Então se sou filho de Omulú eu vou morrer? ”Sim, todos nós vamos um dia. “Nossa! Então eu sendo filho de Omulú eu posso matar qualquer um?” Não, a menos que goste de ficar em uma penitenciária respondendo um processo criminal.

Da mesma forma que tem àqueles que rejeitam temos também os médiuns, enchendo a boca para dizer: “Sou filho (a) de Oxum” ou “Sou filho (a) de Xangô”, etc.. Em alguns casos tem o complemento: “Meu Orixá é melhor e mais forte que o seu”. Acredito que nos dois casos, tanto no desprezo / vergonha, bem como na “Idolatria”, são cenários de uma enorme falta de respeito com os nossos Pais e Mães Orixás.

Por que temos que sentir vergonha ou desprezar o Orixá que está em nossa coroa ou na coroa de nossos irmãos? Por que muitos chegam a mentir com relação àqueles que regem sua coroa? Se todos os nossos Pais e Mães Orixás são Sagrados, por que rejeitamos o Sagrado? Por que desprezamos o Sagrado que nos escolheram e estão nos protegendo?

Não podemos fazer comparativos entre as forças dos nossos Orixás, dizendo que “o meu é melhor que o seu”, porque todos têm suas funções, ações, forças, estruturas, realizações, qualidades, etc.. O que seria da força de Ogum, para abrir os caminhos, se não existisse a força de Omulú para paralisar ou finalizar os pensamentos negativados demandados contra nós? O que seria da geração de Yemanjá, provendo condições melhores em nossas vidas, se Nanã não decantasse as nossas frustrações?

Com estes questionamentos, como podemos afirmar que o “Meu Orixá é melhor que o seu”? Todos nossos Pais e Mães Orixás têm suas qualidades e se completam em uma grande força quando unidos, formam um TUDO e um TODO onde podemos, ainda, visualizar que existe um relacionamento e até mesmo uma “dependência” na atuação de um para o outro. É uma visão muito pequena achar que o Orixá que rege a minha coroa e muito mais importante do que o que rege a coroa do meu irmão.

Em primeiro lugar, nós somos escolhidos por nossos Pais e Mães Orixás. Em segundo lugar, TODOS nós temos uma missão para cumprir e os nossos Pais e Mães Orixás estão nos auxiliando nesta caminhada, tarefa, esta, que é bem difícil para Eles. Geralmente ficam nos mostrando os caminhos que devemos percorrer, bem como, o que devemos fazer, mas na maioria das vezes não escutamos, não percebemos e não sentimos, pois estamos tão preocupados com nossos “pobres” pensamentos julgando os Pais e Mães Orixás de nossos irmãos, achando que podemos ser mais importantes ou melhores só por que não temos o mesmo Orixá na coroa, que não conseguimos perceber ou ouvir o que eles estão tentando nos mostrar ou dizer.

Então meu irmão, não se sinta mais ou menos importante diante daquele que possui um Pai ou Mãe Orixá diferente do que possui em vossa coroa, sinta sempre o Orgulho de ter sido escolhido por Ele e por Ela, deixe que as essências de vosso Pai e Mãe Orixá atuem em vossa vida. Não pratique a difamação dos Sagrados, não se esconda da vossa essência, não vire as costas para àqueles que lhe escolheram como filho (a). Sejamos no mínimo, bons filhos (as), respeitando e cultuando as forças daqueles que nos sustentam.

Não diga: O MEU ORIXÁ É MELHOR QUE O SEU, mas
Diga assim: OS NOSSOS ORIXÁS SE COMPLETAM NA ESTRUTURA DE DEUS.

                         
             Por Danilo Lopes Guedes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS

A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís ( Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da T.U.Caboclo Pery)